Passei um tempo sem escrever, e como não escrevia pro 642 coisas há um tempão, decidi escrever 3 textinhos hoje. Segue abaixo todos eles. Trapaceei e fui nos números aleatoriamente mesmo, Talvez um dia eu volte a escrever na ordem do desafio. Talvez.
Para ver a lista completa acesse :
http://listography.com/brunamorgan/642_coisas_sobre_as_quais_escrever_/listinha
5- Você tem alguma superstição? Com o que? Por quê você a tem? E como lida com isso?
Thiago nunca dava menos de 3 batidas nas portas, 3 voltas nas chaves, ou tomava menos que 3 copos de água no bebedouro do escritório.
Three is a Magic number e ele levava sua superstição a sério.
Estava agora com sua terceira namorada, e primeira noiva. Já tinha comprado o anel(dividiu em 3 prestações), reservado a igreja( na terceira rua depois dá praça que se conheceram), e alugado o vestido (o terceiro mais caro.), quando um dia chegou em casa ela havia feito as malas.
Disse que tinha conhecido outra pessoa, é que estava indo embora ser feliz, com alguém menos complicado.
E foi numa terça-feira que Thiago descobriu que, ás vezes, 3 é demais.
37-Descreva algo vermelho de qualquer maneira possível, sem usar a tal palavra.
Ela estava deitada no meu abraço, e enquanto falava, seu hálito quente fazia cócegas no meu peito.
A boca carnuda e luxoriosa, prometia delícias em seus tons quentes e úmidos.
O sangue circulou o bastante para pincelar as bochechas, a deixando com um aspecto envergonhado.
E os cabelos, tingidos de farmácia, eram chama, fazendo muito bem o papel de exteriorizar a alma dela.
Ela queimava, ela doía. E eu gostava.
122-Escreva uma música
Carousel- Melanie Martinez
https://www.youtube.com/watch?v=zAB5AC9yhY0&ab_channel=melaniemartinez
Alice via o calor ondulava a cor e a forma dos carrinhos enferrujados a sua frente
O conteúdo de seu estômago brinca de pula-pula
A cada queda vertiginosa que sua trilha tomava
E berrou a alegria de morrer diversas vezes e continuar viva
O brinquedo terminou sua viagem
E saiu cambaleando, agarrando-se na grade mais proxima
Como se fosse o estandarte de sua própria sanidade
E inebriada pelas calorias vazias de um algodão doce
Pós pra fora a angústia senoidal dá roda gigante
Vomitando o almoço na boca de um palhaço sorridente
Ao olhar pra cima, se depara com um carrossel
Que brilhava dantesco no paraíso infantil
Imitando em sua dança circular, a vida cheia de altos e baixos de quem não sai do lugar
Alice esta bêbada e busca o caminho para casa
Estava já atrasada para o jantar apesar de não saber exatamente o quão atardada estava
Tinha quase certeza que a indicação era seguir a estrada de tijolos amarelos