Bateu no liquidificador todos os conceitos prévios de amor
E tatuou com eles o nome do amado no seu coração.
Berrou, mais para se convencer do que ser ouvida, de que "eles verão o nosso amor"
(Justamente na hora em que tremia pelo inverno que se aproximava)
Assumiu então um rótulo
E deu ao amor o sabor artificial de morango
O álcool manteve ardendo a chama que cremou seu corpo, levando assim a última evidência do homicídio de seu ego.
Diluiu-se no outro e originou assim uma figura andrógena e amorfa, contemporânea.
Não era mais Yasmin, era ele/ela, e sua apoteose eram os segundos emqueficavamgrudadinhos.
Agradeceu aos deuses (que não acreditava), o fato que o riso dele cabia certinho na sua boca. Apostou todo o dinheiro que tinha em sua conta ( R$-29,45) nas promessas que ele escreveu nas nuvens e leu na palma da mão.
Admirou o florescer primaveril de seu amor
num jardim que outrora eram folhas secas...
Quando ele a abandonou, Yasmin riu um sorriso amarelo
Riu da hipérbole metafórica
paradoxalmente irônica
que era o amor que julgava sentir.
Ela que acreditara na promessa do bem-me-quer
Ela que acreditara no significado do Amor perfeito.
Viu seu amor secar e murchar por falta de cuidado.
O atestado de óbito indicou suicídio, mas todos sabemos que ela já estava morta há muito tempo.
O inverno sempre leva primeiro as flores mais delicadas
0 comentários:
Postar um comentário
Oi questionador,comente,dê sua opinião,por favor,sendo respeitoso com todo mundo.Precisamos de um mundo com mais amor e respeito,e isso começa com a sua atitude :)