02/07/2015

Soneto da Saudade (ou do vício)

Ócios do ofício
Ossos duros de roer
Se tua falta é o que me há
Pra onde vou correr?

O beijo vira lembrança
Assim que os lábios se separam
E as alegrias de cada instante
Num passado se instalam

E no meu corpo arde este tal desejo
Que se manifesta em sonhos freudianos
Morrendo a cada dia por um beijo

A cada hora o desespero aumenta
E tento me manter contida

Delirando fatalmente sua partida