10/02/2015

Insegurança

Caminho apressada na calçada da rua
Temendo os olhos que me seguem, me medem, me avaliam
Algumas cantadas gritadas, vindas de bocas estranhas
Um carro preto me segue
A rua não é segura

Danço na festa juvenil e a alegria prevalece
Até esqueço das mazelas da vida
Até que me  puxam pelo braço e me apertam  contra a parede
Riem dos meus pedidos de ajuda e depois afirmam
Que a culpa é do álcool e obviamente minha
Pois estava dançando de forma provocativa
A festa não é segura

Meus sonhos são apagados
Como se fossem feitos de giz
Meus amores se esvaem como a fumaça
Daquele cigarro que não chegou ao fim
E eu sempre repito a mim mesma
Que vai dar tudo certo no final
Mas não acredito muito em mim mesma
Não sou segura


recomendado:
Minha amiga Amanda fez um texto de mesma temática no blog dela: http://norulesonly.blogspot.com.br/2016/01/existe-seguranca.html.

Não estamos sozinhas. E lutaremos contra isso juntas.